A escrita adaptada não chega a ser um problema. A grande questão é transferi-la como linguagem formal. Ela aconteceu para que os adolescentes tivessem mais rapidez nas trocas de mensagens pelo computador (MSN).
As questões a serem debatidas, creio eu, são diversas além das que envolvem a escrita:
- a criança que está em processo de alfabetização, ou seja, começando a decodificar a linguagem escrita, obviamente terão cruzamento de informações, portanto, se alegarmos que o Internetês, é para internet e pessoas que já dominam a leitura e a escrita de tal modo que podem transcendê-la, estaremos excluindo os despossuídos de internet e os analfabetos ou semi-alfabetizados.
- o problema não é dominar o internetês, mas problematizar a sua serventia. È facilitador nas conversas virtuais, mas não num debate científico? O que se discute nessas salas de bate-papo?
- até que ponto reflete uma necessidade de mudança na escrita ou apenas uma maneira “jovem” de se rebelar?
Experiência na sala de bate-papo.
Fica visível a necessidade dos adolescentes de 10 a 15 anos, faixa etária pesquisada na sala de bate papo, de extravasarem a sexualidade, quer seja com apelidos, quer seja com propostas. Fica muito claro que realmente, não há nem informação nem formação, é apenas um modo de extravasar, como nos tempos que não havia computador, os adolescentes conversavam e trocavam idéias entre si. Com o advento do msn, as conversas são as mesmas, porém com um pouco mais de ousadia, devido ao anonimato.
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