Tuesday, September 12, 2006

Parecer sobre o Internetês - Andréia e Cleuza

O internetês, linguagem utilizada na internet e que muitas vezes invade o ambiente educativo, tem gerado inúmeros questionamentos, entre os educadores.
Embora essa linguagem possa ser considerada “normal” entre as pessoas que têm acesso à esse meio de comunicação, para muitas pessoas é totalmente desconhecida. É preciso que os alunos tenham uma visão de que a linguagem tem a função de comunicar algo e que deve ser uma troca entre os pares. Por isso, o internetês só deve usado no espaço ambiente informatizado.
Outras questões envolvem nossas reflexões: será que ela poderá prejudicar a norma culta de nossa língua? Os jovens realmente conseguem fazer essa separação entre o virtual e o padrão? E no futuro, como será a forma de comunicação?
Se, de acordo, como Vygotsky (1998) a internalização da linguagem é responsável pela formação das capacidades psíquicas do indivíduo, tais como a memória, a percepção, a atenção, o raciocínio, dentre outras, cabe outro questionamento: será que essa linguagem simplificada, reduzida, compactada, também não resultará em formação de capacidades que permitam uma compreensão da sociedade e de sua função na mesma?
Também cabe pensar: que porcentagem da população tem acesso à comunicação virtual, por meio do uso do internetês?
Tudo isso nos faz observar que a sociedade capitalista, ou seja, a sociedade do consumo requer indivíduos que somente aceitem as novas regras e formas de vivência, sem questionamentos, reflexões. Quanto mais os jovens estiverem mantendo relações frias, isoladas, simplificadas, mais fácil será, a manipulação da população, ou seja, a perpetuação de duas classes dominantes e dominados.

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